VAR: tudo o que você precisa saber sobre a tecnologia que mudou o futebol

Se você acompanha um jogo e de repente vê a partida parar, o placar mudar ou o árbitro discutir com o técnico, provavelmente o VAR entrou em ação. Mas o que realmente é o VAR, como funciona e por que gera tanto debate? Vamos explicar de forma simples e prática, sem termos complicados.

Como o VAR funciona na prática

VAR significa Video Assistant Referee, ou seja, o árbitro assistente de vídeo. Ele fica em uma sala com telas que mostram todas as imagens das câmeras instaladas ao redor do campo. Quando o árbitro principal tem dúvidas – como um pênalti duvidoso, gol muito suspeito ou um cartão vermelho – ele sinaliza e a transmissão da jogada vai para a tela do VAR.

O assistente de vídeo analisa a gravação em tempo real e, se encontrar algo que possa mudar a decisão, comunica ao árbitro usando um fone de ouvido. O árbitro então pode aceitar a recomendação ou ir até o centro de revisão (a "sala de TV") para ver a jogada de perto. Todo o processo costuma levar poucos segundos, mas pode se estender se houver várias revisões.

Por que o VAR gera polêmicas?

O principal ponto de discórdia é que, embora o VAR ajude a corrigir erros claros, ele também traz dúvidas sobre a velocidade e a clareza das decisões. Muitos torcedores reclamam que o jogo perde o ritmo quando o árbitro para para rever cada lance. Outros argumentam que a falta de um padrão único de interpretação – por exemplo, o que conta como "golo claro" – gera inconsistência entre partidas.

No Brasil, a implantação do VAR começou nas principais competições em 2020. Desde então, vimos momentos marcantes: o gol anulado de Gabriel Barbosa no Corinthians em 2021, a decisão de pênalti controversa na final da Copa do Brasil 2022 e o gol de empate entre Flamengo e Palmeiras que só foi validado após revisão. Cada caso alimenta debates nas redes sociais e nas mesas de comentaristas.

Além das controvérsias, o VAR tem trazido benefícios notáveis. Penalidades erradas diminuíram, gols inválidos foram retirados, e jogadores têm menos chances de serem expulsos por erros de julgamento. As estatísticas da FIFA mostram que o número de decisões incorretas caiu cerca de 30% nas competições que usam o VAR.

Mas ainda há espaço para melhorar. Uma sugestão comum é usar microfones nos jogadores para captar melhor as faltas, e outra é treinar árbitros para usar o VAR de forma mais consistente. Enquanto isso, o futuro parece apontar para integrações ainda mais avançadas, como a inteligência artificial ajudando a identificar lances críticos em tempo real.

Se você quer ficar por dentro das últimas notícias sobre VAR, acompanhe nossos artigos. Eles trazem análises de jogos recentes, entrevistas com árbitros e explicações detalhadas de como a tecnologia está evoluindo no futebol brasileiro e mundial.

Em resumo, o VAR chegou para ficar. Ele corrige erros graves, mas também desafia a tradição do jogo ao introduzir pausas e revisões. Entender seu funcionamento ajuda a aceitar as mudanças e a curtir o futebol com mais tranquilidade, sabendo que, na maioria das vezes, a decisão será mais justa.