Skydiver: o guia completo para quem quer saltar de paraquedas

Se você já sonhou em voar como um pássaro, o skydiver pode ser a resposta. Não precisa ser atleta de elite, só vontade de sentir a adrenalina e seguir algumas regras simples. Vamos te mostrar como começar, o que levar, onde pular e como ficar seguro.

Como dar o primeiro salto

O caminho mais fácil é fazer um salto duplo (tandem). Você fica preso a um instrutor experiente, que controla todo o plano de voo. A aula dura cerca de 30 minutos, inclui demonstração de equipamentos e um voo de até 4 mil pés. Depois do pulo, a sensação de liberdade é incrível e você já entende se quer continuar.

Se o tandem agradar, o próximo passo é o curso de licença paralela (AFF – Accelerated Freefall). Esse curso tem 7 a 10 saltos guiados por dois instrutores. Você aprende a abrir o paraquedas, controlar a direção e a aterrissar sozinho. O investimento varia entre R$ 6 000 e R$ 9 000, dependendo da escola.

Equipamento essencial

O principal item é o paraquedas principal, que tem reserva automática (RSL) caso algo falhe. Outros itens são: capacete, óculos de proteção, altímetro (para saber a altitude) e traje de voo (geralmente macacão). As escolas costumam oferecer todo o equipamento no primeiro salto, mas se você for regular, vale comprar um conjunto próprio.

Manutenção é crucial: verifique sempre as costuras, os cabos e a validade do paraquedas. As inspeções devem ser feitas a cada 200 saltos ou a cada 12 meses, o que ocorrer primeiro.

Onde praticar no Brasil

O Brasil tem mais de 200 centros de paraquedismo. Os mais populares são:

  • São Paulo – Aeroclube de São Paulo: fácil acesso, boa estrutura e várias turmas.
  • Rio de Janeiro – Skydiving Rio: vistas da Baía de Guanabara e clima favorável.
  • Minas Gerais – Paraquedismo Pedras de Goiás: altitude alta, vento constante.
  • Bahia – Parachute Bahia: céu azul, temperaturas agradáveis durante o ano.

Antes de escolher, confira a certificação da escola (afiliada à Confederação Brasileira de Paraquedismo) e as avaliações de outros alunos.

Dicas de segurança que ninguém conta

1. Não pule em dias de vento forte (> 20 km/h). O vento pode mudar sua trajetória e dificultar a abertura do paraquedas.

2. Faça a checagem pré-voo (checklist). Cada detalhe conta: cadeado de segurança, fitas de liberação, número de série.

3. Mantenha a postura correta durante o queda livre: braços abertos, peito para frente e cabeça alinhada. Isso ajuda a estabilizar o voo.

4. Pratique a abertura de emergência no solo. Saber o procedimento de “cutaway” (soltar o paraquedas principal) pode salvar sua vida.

5. Nunca ignore o conselho do instrutor. Eles conhecem as condições locais e os limites do equipamento.

Quanto custa ficar viciado

Depois da primeira licença, cada salto adicional inclui aluguel de equipamento (se não for próprio) e taxa de pista. O custo médio fica entre R$ 500 e R$ 800 por salto. Muitos centros oferecem pacotes de 10 ou 20 saltos com desconto, o que ajuda a reduzir o valor por salto.

Se você gosta de viajar, pode combinar o skydiver com turismo de aventura. Países como Emirados Árabes e Nova Zelândia oferecem paisagens de tirar o fôlego e preços competitivos.

Pronto para levantar voo? Escolha uma escola, faça o teste tandem e sinta a liberdade do céu. O skydiver é mais do que esporte, é uma experiência que muda a forma como você vê o mundo.

Tragédia em Boituva: Falha no Equipamento Causa Morte de Skydiver Experiente

Tragédia em Boituva: Falha no Equipamento Causa Morte de Skydiver Experiente

Carolina Muñoz Kennedy, uma experiente skydiver chilena, perdeu a vida após um trágico acidente de paraquedismo em Boituva, São Paulo. O incidente ocorreu após falhas críticas tanto no paraquedas principal quanto no de reserva. Com uma carreira consolidada no esporte e vivendo há cinco anos no Brasil, Carito, como era conhecida, não resistiu aos ferimentos. A comunidade de skydiving e amigos lamentam a perda com homenagens planejadas.