Remake de 'Vale Tudo' Resgata Clássicos Musicais em Nova Trilha Sonora

Remake de 'Vale Tudo' Resgata Clássicos Musicais em Nova Trilha Sonora abr, 6 2025

O remake da famosa novela 'Vale Tudo', da Globo, não só trouxe de volta uma narrativa intensa e cheia de reviravoltas, como também resgatou uma trilha sonora que promete marcar gerações, assim como a original. A abertura continua com a poderosa 'Brasil', de Cazuza, eternizada pela voz inconfundível de Gal Costa desde 1988. Embora houvesse rumores sobre uma possível regravação por novos nomes da música brasileira, como Liniker, Marina Sena e Gloria Groove, a emissora optou por modernizar a instrumentação sem mexer na performance original de Gal Costa, reforçando o peso cultural e o apelo crítico da canção em tempos contemporâneos.

Clássicos da MPB Revividos

A trilha sonora nacional do remake celebra a música popular brasileira à sua maneira, trazendo de volta clássicos eternos. 'Isto Aqui O Que É', de Ary Barroso, ganha nova vida na voz de Caetano Veloso e embala os momentos de Raquel, interpretada por Taís Araújo. Cazuza aparece novamente com 'Faz Parte do Meu Show', que marca o romance de Solange, vivida por Alice Wegmann, e Afonso, papel de Humberto Carrão.

A relação entre Raquel e Ivan, papel de Renato Góes, não será mais representada por 'Tá Combinado'. Maria Bethânia agora os embala com 'Olha', uma mudança que muitos fãs acharam significativa. Outro clássico da MPB, 'Dindi', de Tom Jobim, ressoa nas cenas de Rubinho, personagem de Júlio Andrade. E trazendo um tom moderno ao relacionamento entre Cecília, interpretada por Maeve Jinkings, e Laís, papel de Lorena Lima, 'Barato Total', na voz de Gal Costa, fecha a lista dos grandes clássicos.

A Nova Geração de Artistas em Destaque

A Nova Geração de Artistas em Destaque

No lado internacional da trilha sonora, a trama das agências Tomorrow e Roitman ganha um toque pop contemporâneo. Entre as faixas escolhidas estão canções de artistas globais como Billie Eilish, Iggy Pop, Shakira e Rosalía, proporcionando um ambiente sonoro vibrante e atual. A famosa vilã Odete Roitman, agora vivida por Debora Bloch, tem em 'Chat Dans La Nuit', de Dopamoon e Romain Muller, a trilha que define sua personalidade complexa.

Além disso, a novela ousa ao fundir a essência do samba e da música urbana moderna para capturar a atmosfera da Vila Isabel. Artistas como Xande de Pilares, Lenine, Emicida e Os Garotin acrescentam um toque autêntico e contemporâneo ao conteúdo musical, transitando entre o passado e as novidades que tomam conta das rádios de hoje.

Então, com esse jogo de clássicos e novidades, 'Vale Tudo' parece determinado a encantar tanto os fãs de longa data da novela quanto as novas gerações que estão conhecendo essa história pela primeira vez.

5 Comentários

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    Caio Rego

    abril 7, 2025 AT 12:05

    Essa trilha sonora é uma armadilha psicológica disfarçada de nostalgia. Eles usam Gal Costa, Cazuza, Caetano... tudo que te faz sentir coisas profundas, pra te deixar vulnerável enquanto a novela te enche de manipulação emocional. Aí, de repente, entra Billie Eilish e Rosalía - é o sistema te dizendo: 'não confie em nada que te faz sentir algo autêntico'. Tudo é calculado. Até o samba da Vila Isabel foi industrializado pra virar 'authentic vibe' pro algoritmo. Ninguém está resgatando clássicos. Eles estão enterrando a memória coletiva com um pacote de streaming bem embalado.

    Se você sentiu emoção com 'Olha' da Maria Bethânia, parabéns: você caiu no lance. Eles sabiam que você ia chorar. Eles contaram com isso.

    Isso não é remake. É uma operação de controle cultural com trilha sonora de luxo.

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    joseph ogundokun

    abril 8, 2025 AT 01:06

    Essa trilha sonora é, de fato, um monumento à MPB - e a decisão de manter a versão original de Gal Costa em 'Brasil' foi sábia, sim. A gravação de 1988 tem uma textura, uma presença, uma carga histórica que nenhuma regravação moderna conseguiria replicar sem parecer forçada.

    Caetano em 'Isto Aqui O Que É'? Perfeito. A voz dele carrega a mesma dor e ironia que Ary Barroso colocou na letra, só que com o peso dos anos. E 'Dindi' no contexto do Rubinho? Genial. A suavidade da música contrasta com a tensão da cena - e isso é direção musical de alto nível.

    Quanto ao uso de 'Barato Total' para Cecília e Laís: ousado, mas coerente. Gal Costa cantando sobre liberdade e despojamento enquanto duas mulheres se amam em pleno 2025? Isso é política sonora. Não é só nostalgia - é resistência.

    E o fato de terem incluído Emicida e Xande de Pilares? Isso não é 'mix de moderno e clássico'. É reconhecimento. A Vila Isabel nunca foi só um cenário. É um povo. E a trilha respeitou isso.

    Parabéns à equipe de música. Vocês fizeram o que poucos ousam: não apagaram o passado. Eles o recontextualizaram com dignidade.

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    Luana Baggio

    abril 8, 2025 AT 19:03

    Eu juro, se alguém me disser que 'Olha' da Maria Bethânia não é a música mais linda da novela, eu vou te dar um abraço e depois te dar um café.

    Quem é que não se lembra daquela cena da Raquel olhando pro Ivan e o mundo desmoronando devagar? E aí entra aquela voz... tão suave, tão pesada, tão cheia de 'eu sei o que você tá sentindo, mas não vou te salvar'.

    E o 'Barato Total'? Aí sim, foi o toque de quem entende que amor não precisa de drama, só de um violão e uma janela aberta.

    Claro que o Billie Eilish tá ali pra atrair os jovens, mas nem tudo é marketing - às vezes, é só que as músicas certas encontram as cenas certas. E isso? Isso é mágica.

    Se você não se emocionou com 'Faz Parte do Meu Show' no abraço da Solange, talvez você só precise de um abraço mesmo. Eu te abraço. 🤗

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    Lilian Hakim

    abril 10, 2025 AT 14:25

    Quem tá assistindo essa novela e não tá colocando a trilha no Spotify, tá perdendo a alma da história.

    Eu fiz uma playlist só com as músicas da novela - já tem 47 minutos e eu ouvi de manhã, no almoço e antes de dormir.

    'Dindi' me deu um arrepio tão forte que parei o que estava fazendo e só sentei.

    'Chat Dans La Nuit' é a música que eu coloco quando preciso me sentir poderosa e um pouco assustadora ao mesmo tempo.

    E o fato de terem usado Emicida no contexto da Vila Isabel? Isso é arte. Isso é amor. Isso é respeito.

    Se você ainda não ouviu tudo, faça isso. Hoje. Não amanhã. Hoje.

    Essa trilha não é só som. É memória. É identidade. É coragem. E você merece sentir isso.

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    Haydee Santos

    abril 10, 2025 AT 23:59

    Essa trilha tá numa vibe de 'curated nostalgia' com uma pitada de cultural capital. O uso de Gal Costa como constante - não regravada, não reinterpretada - é um ato de preservação performática. Ela é o *anchor* sonoro da memória coletiva.

    Os elementos de música urbana e samba contemporâneo (Emicida, Os Garotin) funcionam como *sonic counterpoint* ao clássico, criando uma arquitetura sonora que reflete a dualidade da narrativa: o passado que não morre, mas se reinventa.

    Curioso como 'Barato Total' foi escolhido pra Cecília e Laís: não é só uma música gay-friendly, é uma música que desconstroi o melodrama da homossexualidade em novelas tradicionais. É um *subversion of tropes* com groove.

    E o fato de 'Chat Dans La Nuit' ser a trilha da Odete? É um *sound design* de vilania pós-moderna: não é o som do mal, é o som da alienação estética. O que é mais assustador: o vilão que grita, ou o vilão que dança no escuro com um beat de 110 BPM?

    Essa trilha é um manifesto. E eu tô ouvindo em loop.

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