Manchester City vence Burnley por 5 a 1 e amplia sequência histórica

Quando Pep Guardiola, técnico do Manchester City, recebeu o apito inicial no Manchester City vs BurnleyEtihad Stadium, ele sabia que o duelo tinha mais do que três pontos em jogo: selar a 14ª vitória consecutiva sobre os Clarets. Do outro lado, Scott Parker, comandante do Burnley, apostava na disciplina defensiva para segurar os gigantes de Manchester. No fim, o placar de 5 a 1 deixou claro quem saiu realmente vencedor.
Contexto histórico entre as equipes
Desde que o Manchester City chegou à Premier League, a diferença de recursos entre o clube da capital e o Burnley tem sido gritante. Contudo, a rivalidade ganhou contornos peculiares quando, em 2012, o City bateu o Burnley por 5 a 0, encerrando a primeira passagem dos Clarets na elite. Desde então, a sequência de triunfos dos cidadãos só cresceu, chegando a 14 jogos seguidos sem derrota – o maior número contra um único adversário na história recente da liga.
Para o Burnley, a temporada 2025/26 começa com a esperança de mudar esse quadro. O clube, que terminou a campanha anterior na 12ª posição, chegou ao Etihad com um elenco enxuto, mas com a confiança de quem já surpreendeu o City em 2020, quando empatou por 1 a 1 ao fechar o primeiro tempo.
Desenvolvimento da partida
O primeiro tempo começou equilibrado. Aos 14 minutos, o defensor Maxime Estève (Burnley) acabou catapultando a bola para o próprio gol após uma cabeçada errada de Quilindschy Hartman. O próprio próprio gol fez o placar ficar 1 a 0 a favor do Manchester City. O incidente, porém, não foi suficiente para desanimar o time visitante.
A resposta veio aos 28 minutos, quando Jaidon Anthony recebeu um cruzamento preciso de Hartman e, com o pé esquerdo, abriu o placar para o Burnley, marcando o seu quarto gol da temporada. O gol não só equalizou, como também evidenciou a capacidade de Anthony em infiltrar linhas defensivas.
A primeira metade terminou 1 a 1, com ambas as equipes trocando posse e oportunidades. O técnico Pep Guardiola parecia medir o ritmo, enquanto Scott Parker reforçava a necessidade de manter a compactação defensiva.
Depois do intervalo, o roteiro mudou drasticamente. Aos 61 minutos, Matheus Nunes recebeu um passe de Bernardo Silva e, de primeira, colocou a bola no fundo da rede, colocando 2 a 1 novamente. Pouco depois, um cruzamento de Jeremy Doku que tinha como alvo Oscar Bobb acabou sendo desviado por Estève para o próprio gol – seu segundo contra no mesmo jogo. Em apenas dois minutos, o placar saltou para 4 a 1.
Nos minutos finais, o atacante norueguês Erling Haaland, que até então havia sido silenciado pela defesa do Burnley, encontrou espaço. Primeiro, aos 88 minutos, após uma sequência de toque‑curto entre Bernardo Silva, Nunes e Doku, Haaland finalizou com frieza. Em seguida, aos 90 minutos, converteu um rebote dentro da área, selando o 5 a 1.
Reações dos treinadores e dos jogadores
Ao final da partida, Pep Guardiola elogiou a postura ofensiva da equipe: "Nós criamos as chances que precisávamos e, quando o momento chegou, fomos precisos. O Burnley lutou, mas a qualidade fez a diferença". Já Scott Parker reconheceu a superioridade dos adversários, mas destacou que o Burnley mostrou "resiliência no primeiro tempo e alguns lampejos de criatividade que nos servem de aprendizado".
Haaland, ainda suado, afirmou em entrevista pós-jogo que "o carro foi colocado na frente dos meus companheiros, só tive que finalizar". Já Estève explicou que a sequência de dois próprios gols foi resultado de um esforço excessivo para fechar o ângulo, algo que "pode acontecer com qualquer defensor".
Análise tática e desempenho
Do ponto de vista tático, o Manchester City manteve seu tradicional 4‑3‑3, mas permitiu que os laterais avançassem mais, criando sobrecarga nos flancos. O uso de Bernardo Silva como elemento de ligação entre meio‑campo e ataque foi crucial, já que ele alternou entre passes curtos e arranques de velocidade, desfazendo a marcação do Burnley.
O Burnley, por sua vez, optou por um 3‑5‑2 que buscava compactar o meio‑campo e usar os alas para se apoiar no contra‑ataque. Essa formação funcionou parcialmente no primeiro tempo, mas mostrou fragilidades nas laterais, principalmente quando Jeremy Doku recebeu a bola em velocidade e cruzou para a área.
A posse de bola também refletiu a disparidade: o City controlou cerca de 62% do tempo, enquanto o Burnley ficou com 38%. No entanto, as estatísticas de chutes a gol foram mais equilibradas (City 13, Burnley 11), indicando que a diferença esteve nos arremates e na capacidade de converter as oportunidades em gols.
Próximos passos para ambas as equipes
Com a vitória, o Manchester City consolida sua posição entre os primeiros da tabela e mantém viva a esperança de garantir o título antes do ‘derby’ contra o Liverpool. O próximo compromisso será contra o Chelsea, onde Guardiola pretende descansar alguns titulares para evitar fadiga.
Já o Burnley volta aos treinos com foco em corrigir as falhas defensivas e aprimorar a finalização nos contra‑ataques. O próximo desafio será fora de casa contra o Aston Villa, partida que pode ser decisiva para afastar o risco de queda.
Perguntas Frequentes
Como o resultado impacta a luta pelo título da Premier League?
A vitória amplia a diferença de pontos do Manchester City em relação ao Tottenham, que está em segundo. Com três jogos ainda a menos que o City, o Tottenham precisará ganhar todas as próximas partidas e torcer por derrotas do campeão para fechar a lacuna.
O que os fãs de Burnley podem esperar dos próximos jogos?
Scott Parker prometeu ajustes defensivos e maior criatividade nos terços avançados. Se o time conseguir melhorar a disciplina nas transições, ainda tem chances de se consolidar na metade superior da tabela.
Qual foi o papel de Erling Haaland nesta partida?
Depois de ficar quieto por quase toda a partida, Haaland mostrou por que vale cada milhão investido. Nos acréscimos, marcou dois gols decisivos que selaram o placar, reforçando sua reputação de finalizador implacável.
Como os próprios gols de Maxime Estève influenciaram o resultado?
Os dois gols contra foram decisivos ao transformar a vantagem de 2‑1 do City em 4‑1 em poucos minutos. O incidente evidenciou a pressão que o Burnley sofreu nas laterais, além de abalar o moral da defesa.
Qual foi a importância da estratégia de cruzamentos de Jeremy Doku?
Os cruzamentos de Doku foram fundamentais para abrir a defesa do Burnley. Um deles acabou sendo a assistência indirecta ao segundo gol contra de Estève, mostrando como a velocidade nas alas pode gerar situações de risco para a defesa adversária.
Thaty Dantas
setembro 29, 2025 AT 01:48O City simplesmente brilhou, mostrando porque domina a Premier.