Flamengo avança à fase de mata‑mata da Libertadores após vitória 1 a 0 sobre o Táchira

Um duelo apertado no Maracanã

Na noite de 28 de maio de 2025, o Maracanã recebeu um confronto que, à primeira vista, parecia de lado. O Flamengo, favorito com 62,4% de posse de bola, encontrou no Deportivo Táchira um obstáculo difícil de superar. Do outro lado, os venezuelanos mostraram uma organização defensiva rara, quase bloqueando todas as investidas rubro‑negras.

O jogo começou com o Flamengo ditando o ritmo: passes curtos, triangulações e incursões pelas laterais. O time chegou a 12 finalizações, mas apenas uma balançou as redes. Do outro lado, o Táchira ficou com seis chutes, mas a maioria foi bloqueada ou desviada pelos zagueiros. O ponto alto da partida chegou aos 85 minutos, quando Lucas Cano, em um contra‑ataque veloz, encontrou o gol, mas o goleiro de ação do Flamengo fez uma defesa espetacular, mantendo o placar em 1 a 0.

O gol da vitória saiu de um cruzamento preciso de Arrascaeta, que encontrou Gabriel Barbosa fora da área. O atacante, com frieza, bateu cruzado para o fundo da rede, garantindo o único ponto da partida. A comemoração foi contida, já que a torcida sabia que ainda teria que aguentar a pressão de Ancelotti, que assistia ao teste dos seus jogadores, e de Vinícius Jr., que acompanhava de perto a evolução do clube.

Consequências na tabela e projeções para as oitavas

Com a vitória, o Flamengo encerrou a fase de grupos com 11 pontos, ocupando a segunda posição do Grupo C. O retrospecto ficou assim:

• 3 vitórias
• 2 empates
• 1 derrota
• Diferença de gols: +3

O Liga de Quito liderou o grupo com 13 pontos, enquanto o Central Córdoba de Argentina ficou logo atrás, com 11 pontos e o mesmo saldo. O Táchira, por sua vez, terminou em último, sem nenhum ponto e com -7 de saldo, empurrado para fora da competição.

O próximo desafio do Flamengo será enfrentar um adversário ainda mais forte nas oitavas de final. A comissão técnica, liderada por Vini Jr. como capitão e com o olhar atento de Ancelotti, já começou a montar um plano de jogo que privilegie transições rápidas e a exploração das laterais, onde o time tem jogadores de alta velocidade.

Além da tática, a questão psicológica ganha destaque. Jogar sob os olhos de figuras como Ancelotti eleva a exigência não só ao técnico, mas a todo o elenco. A capacidade de manter a concentração nos momentos críticos será decisiva, sobretudo considerando que o próximo duelo pode trazer um contra‑ataque mais intenso e menos espaço para erros.

O que fica claro é que a campanha do Flamengo na Libertadores ainda tem muito a oferecer. A vitória apertada contra o Táchira mostrou vulnerabilidades que precisarão ser corrigidas, mas também evidenciou a determinação do grupo em buscar o resultado mesmo quando tudo parece estar contra.

Os torcedores, já habituados a confrontos de alta tensão, aguardam ansiosos o próximo duelo. Enquanto isso, o clube segue ajustando detalhes nos treinos, reforçando a defesa e aprimorando a finalização nos treinos de bola parada, áreas que podem ser decisivas nos jogos de mata‑mata.