Estúdio Backstage – Estrela da Casa estreia no Multishow e transforma eliminações em show

Estúdio Backstage – Estrela da Casa estreia no Multishow e transforma eliminações em show set, 7 2025

Estreia, formato e a aposta do Multishow

Quando um reality musical elimina alguém, o que vem depois costuma ser silêncio. Aqui é o contrário: o Multishow transformou o “fora do jogo” em palco. O Estúdio Backstage – Estrela da Casa, que estreou em 1º de setembro, entra no ar toda segunda-feira, logo após o flash ao vivo do reality no canal, para prolongar a conversa, abrir microfones e manter a energia acesa.

O programa nasceu com dupla de apresentação formada por Dedé Teicher e Lucas Fresno, criando um clima de camarim aberto, com bate-papo leve e música ao vivo. Na sequência, Kenya Sade assumiu a condução de episódios, mantendo a proposta de um encontro íntimo, direto e sem pose. A ideia é simples e eficiente: cada eliminado volta ao estúdio não para rever a derrota, mas para mostrar repertório, contar histórias de bastidor e ganhar um set só seu, sem pressão da votação.

A estrutura é enxuta, mas pensada para performance. Entre uma conversa e outra, surgem versões acústicas, rearranjos e colaborações improvisadas. O foco é a trajetória do participante além da casa: influências, processo criativo, escolhas de repertório e o que aprendeu vivendo o reality por dentro. Funciona como a ponte entre a tensão do palco competitivo e a vida artística real, que depende de presença, repertório e conexão com o público.

Esse formato atende a um movimento claro da TV e do streaming: estender o universo do programa principal, alimentando o interesse durante a semana. É conteúdo de bastidor que não cabe na edição do reality, mas que o público quer ver — o making of das escolhas, o humor solto sem regra, a descoberta de quem o artista é quando as câmeras não exigem disputa. Para Multishow e Globoplay, é também uma forma de fidelizar a audiência com episódios adicionais e uma rotina previsível, sempre às segundas.

Outro ponto que dá liga: o tom de confraternização. Eliminação vira rito de passagem. Em vez de um adeus rápido, há tempo para olhar para trás com calma, retomar músicas que marcaram a temporada e apresentar inéditas. Quem acompanha o reality ganha contexto; quem descobre o artista ali ganha um show de bolso.

Convidados, momentos marcantes e o que vem pela frente

Logo nos primeiros encontros, Nirah e Os Garotin foram os destaques iniciais, abrindo a trilha de apresentações que mostram que o pós-programa pode ter brilho próprio. Depois, passaram pelo estúdio nomes como Matheus Torres, Unna X, Lucca e Leidy, cada um trazendo um recorte diferente da experiência no reality: das escolhas arriscadas no palco às parcerias que nasceram nos corredores.

Com Kenya Sade à frente de edições mais recentes, o sofá recebeu Heloísa Araújo, Rodrigo Garcia, Califfa, Ramalho e Nick Cruz. A vibe é prática: papo direto, histórias de perrengue e viradas, além de números musicais preparados para o formato intimista. Em alguns momentos, convidados especiais ampliam o jogo — Lexa e Evelyn Castro já apareceram para esquentar a noite, somando repertório e colocando os eliminados para trocar ideia com quem está rodando o circuito há mais tempo.

O programa também investe na interação com a audiência. As conversas costumam trazer referências às reações que bombaram nas redes, comentários de fãs e temas que repercutiram durante a semana. Essa janela rápida entre a eliminação e a entrevista mantém o assunto vivo, permite ajustar a rota artística e, muitas vezes, reposicionar a narrativa de quem saiu cedo demais no reality.

Na prática, o Estúdio Backstage funciona como vitrine. Sem a pressão do ao vivo competitivo, dá para esticar a música, arriscar um improviso, testar um arranjo diferente e — por que não? — resgatar uma faixa que não entrou no programa principal. O público enxerga camadas que o formato do reality não prioriza: que artistas escrevem, produzem, dançam ou tocam instrumentos; que referências levam para o palco; o quanto cada um está pronto para encarar público fora da bolha televisiva.

Essa lógica fortalece a temporada do Estrela da Casa como um todo. É conteúdo complementar que ajuda a contar a história dos participantes de um jeito mais completo. Para quem curte acompanhar jornada, dá para mapear evolução, ver como cada eliminado lida com críticas, como escolhe repertório após sair da casa e como planeja os próximos passos. Para quem trabalha com música, é um laboratório interessante de posicionamento e branding artístico.

Do lado da produção, a escolha por um estúdio aconchegante, iluminação quente e captação próxima favorece a sensação de bastidor. Não é o espetáculo grandioso do palco principal — é o oposto: o foco está no artista, na voz, no encontro. Essa estética conversa bem com redes sociais, cortes curtos e trechos que viram clipe, aumentando o alcance além da TV.

O Estúdio Backstage – Estrela da Casa vai ao ar às segundas no Multishow, na cola do flash ao vivo do reality, e também fica disponível no Globoplay, com classificação indicativa de 12 anos. A proposta é clara: segurar a audiência no ecossistema do programa e, ao mesmo tempo, oferecer aos eliminados uma chance real de brilhar sem cronômetro. Com Dedé Teicher e Lucas Fresno no pontapé e a presença de Kenya Sade em episódios seguintes, a atração encontrou um tom que combina descontração, repertório e continuidade.

Para as próximas semanas, a expectativa é de novas parcerias no palco do estúdio e mais espaço para canções autorais. Conforme a temporada avança e as eliminatórias ficam mais apertadas, cresce também o interesse por bastidor e por versões alternativas das músicas que marcaram a disputa. É aí que o programa mostra seu valor: mantendo viva a conversa entre artista e público no intervalo entre um capítulo e outro do reality.