Billy Vigar, ex-Arsenal, morre aos 21 após grave lesão cerebral em partida

O acidente que tirou a vida de Billy Vigar
Era sábado, partida de quinta divisão da Isthmian League, Chichester City contra Wingate & Finchley. No segundo tempo, o atacante de 21 anos colidiu violentamente com o goleiro adversário ao tentar um chute ao gol. A batida foi forte o suficiente para causar um trauma craniano grave. Os medicões do estádio correram para o campo, aplicaram primeiros socorros e, em poucos minutos, Vigar foi encaminhado de ambulância para o hospital mais próximo.
Chegando ao Trauma Center, os médicos decidiram colocar o jovem em coma induzido – uma medida que visa dar ao cérebro tempo para reduzir o inchaço e evitar danos adicionais. Na terça‑feira, com o quadro ainda crítico, foi realizada uma operação para drenar o hematoma e aliviar a pressão intracraniana. Apesar da equipe cirúrgica ter conseguido estabilizar alguns parâmetros, a extensão da lesão era tão ampla que o prognóstico permanecia sombrio.
Na manhã de quinta‑feira, a família de Vigar divulgou um comunicado desgostoso: “Após sofrer uma lesão cerebral significativa no sábado, Billy foi mantido em coma induzido. Na terça‑feira foi submetido a cirurgia para melhorar as chances de recuperação, mas a lesão se mostrou insuperável e ele nos deixou na manhã de hoje.” O texto trouxe ainda o pedido de privacidade, algo que clubes e torcedores honraram imediatamente.

Repercussões e homenagens
O choque foi imediato. Jogadores, treinadores e fãs inundaram as redes sociais com mensagens de apoio e lembranças ao atacante. Entre os depoimentos, um ex‑companheiro de Arsenal escreveu: “Billy era um exemplo de determinação, chegou ao Arsenal com 14 anos e nunca perdeu a paixão pelo futebol.” Outro colega do Chichester City ressaltou a energia que ele levava ao vestiário: “Ele era aquele cara que dava tudo em campo e nunca deixava a equipe desanimar.”
O clube, por sua vez, anunciou o adiamento da partida contra o Lewes, marcada para o próximo sábado. “É com grande tristeza que confirmamos o falecimento de Billy Vigar. Pedimos respeito à privacidade da família neste momento tão difícil”, disse a diretoria do Chichester City.
Vigar teve uma trajetória que, apesar da curta idade, já passava por vários marcos importantes. Ingressou na academia do Arsenal aos 14 anos, passou por todas as categorias de base e chegou a integrar o elenco sub‑21. Depois de deixar o clube norte‑londrino, assinou com o Derby County, onde ganhou experiência no futebol adulto, e depois atuou por Eastbourne Borough e Hastings United, demonstrando habilidade tanto como finalizador quanto como criador de jogadas.
Seu último movimento foi a transferência para o Chichester City, concluída apenas um mês antes da fatalidade. O fato de ter conseguido se firmar em uma equipe da Isthmian League mostrava que o jovem ainda tinha muito a oferecer ao esporte. Colegas de time disseram que ele estava animado com a nova fase e que pretendia ajudar o clube a alcançar posições mais altas na tabela.
A comunidade futebolística, tanto nacional quanto internacional, tem respondido com uma onda de solidariedade. O Arsenal publicou um breve comunicado reconhecendo o falecimento, lembrando o tempo em que Vigar vestiu a camisa da academia e afirmando que “seu espírito e dedicação permanecem como exemplo para as próximas gerações”.
Enquanto a família lida com a perda, o futebol segue tentando encontrar formas de honrar a memória de um jogador que, aos 21 anos, ainda tinha muito pela frente. Camisetas com o número 9, que era o de Vigar, começaram a aparecer nas redes sociais, e torcedores do Chichester City prometem manter viva a lembrança nos próximos jogos.