Barcelona vira sobre o Levante por 3 a 2 e mantém 100% na LaLiga com gol aos 45

Barcelona vira sobre o Levante por 3 a 2 e mantém 100% na LaLiga com gol aos 45 set, 20 2025

Dois gols atrás no intervalo e vitória arrancada aos 45 do segundo tempo. Foi assim que o Barcelona manteve o 100% na LaLiga ao bater o Levante por 3 a 2, no Estádio Ciutat de València, diante de 23.415 torcedores, em 23 de agosto de 2025. O campeão sofreu, reagiu e saiu do sufoco com uma virada que diz muito sobre a maturidade do elenco no início da temporada.

Virada de campeão em Valência

O roteiro começou torto para os visitantes. Aos 15 minutos, Iván Romero abriu o placar para o Levante. A jogada nasceu de um cruzamento profundo pela direita, Jeremy Toljan apareceu para resgatar a bola quase na linha de fundo e devolveu por baixo. Romero ganhou do marcador e finalizou com precisão. Foi um golpe cedo em um jogo que o Barcelona parecia controlar apenas territorialmente.

O cenário piorou perto do intervalo. Em lance dentro da área, a arbitragem assinalou pênalti para os anfitriões. José Luis Morales assumiu a cobrança e ampliou. Frio, batida forte, goleiro para um lado, bola para o outro. A equipe catalã desceu para o vestiário com 2 a 0 contra, poucas ideias claras no último terço e a sensação de que seria preciso mudar a postura para não deixar pontos pelo caminho tão cedo no campeonato.

As mexidas no intervalo ajustaram o desenho e a intensidade. O Barcelona voltou mais agressivo na pressão pós-perda e mais vertical no primeiro passe. Com o meio-campo adiantado, as combinações curtas começaram a sair entre os interiores e os pontas. O gol era questão de tempo — e saiu em uma sequência que virou o jogo em três minutos.

Primeiro, Pedri apareceu para reduzir. Em infiltração típica, recebeu na entrada da área, conduziu com um toque limpo e finalizou cruzado. A bola beijou a trave e entrou. O gol devolveu o time ao jogo e mudou o clima no estádio. Antes que o Levante entendesse o que havia acontecido, Ferran Torres empatou. Em ataque rápido, ele atacou o espaço nas costas da zaga e bateu forte, sem chance, para 2 a 2. O que era controle dos donos da casa virou tensão.

Com o empate, o Barcelona manteve o pé no acelerador, mas o Levante respondeu em transições perigosas, explorando a linha alta e os corredores. Ainda assim, a pressão catalã prevaleceu na reta final. Aos 45 do segundo tempo, Lamine Yamal, que vinha pedindo a bola e encarando o marcador, cruzou fechado para a área. Unai Elgezabal tentou cortar de cabeça e acabou desviando contra o próprio patrimônio. O gol contra que decretou a virada arrancou um grito coletivo do setor visitante e silenciou o estádio por alguns segundos.

Houve, no meio disso tudo, chances que poderiam ter mudado a história. Morales chegou a balançar a rede novamente, mas o lance foi anulado por impedimento. Ferran acertou o travessão ainda no primeiro tempo, em boa posição, e Raphinha viu uma cabeçada passar tirando tinta da trave. O detalhe fez a diferença, e o detalhe sorriu para quem insistiu até o fim.

  • 15’ — Iván Romero abre o placar para o Levante.
  • 45’ — Morales converte pênalti e faz 2 a 0.
  • Segundo tempo (sequência em três minutos) — Pedri diminui; Ferran empata.
  • 90’ — Gol contra de Unai Elgezabal após cruzamento de Lamine Yamal: 3 a 2 Barcelona.

Pedri foi eleito o melhor em campo. Não apenas pelo gol. Ele acelerou o jogo entre linhas, apareceu como opção constante de passe e deu o tom da virada com coragem para assumir a bola sob pressão. Ferran também saiu maior: atacou o espaço, se movimentou entre zagueiros e foi decisivo na definição.

Outro ponto de interesse ficou por conta da estreia de Marcus Rashford com a camisa do Barcelona, após o empréstimo junto ao Manchester United. Titular, ele cumpriu 45 minutos, foi substituído no intervalo, e a virada aconteceu sem ele em campo. Isso não diminui a importância da chegada: dá ao elenco uma alternativa de força física, velocidade no corredor e finalização de média distância. A adaptação, como sempre, pede tempo e ajustes finos de química com o resto do ataque.

O que a partida revela

O que a partida revela

Há viradas que são casuais e há viradas que contam uma história. Esta revelou um Barcelona resiliente, capaz de corrigir rota durante o jogo e de manter a cabeça fria quando o placar e o relógio jogavam contra. A reorganização no intervalo, com mais amplitude pelos lados e um meio-campo mais adiantado, elevou o volume ofensivo e empurrou o Levante para trás. A equipe não se desesperou com o 0-2 e seguiu repetindo o plano até ele funcionar.

O Levante, por sua vez, mostrou por que incomoda em casa. Foi competente ao proteger a área, perigoso quando recuperou a bola e inteligente para acelerar o jogo nos poucos toques certos. O time abriu vantagem, teve chances de matar o confronto e saiu com lições úteis: controle emocional nos momentos de pressão e capricho no último passe para transformar boas transições em finalizações mais limpas.

Do ponto de vista tático, a retomada catalã passou por três chaves simples: recuperação rápida após a perda, circulação mais dinâmica para tirar a defesa do Levante da zona de conforto e presença na área com mais de uma referência. Quando Pedri começou a receber de frente, a zaga local foi obrigada a recuar. Isso abriu corredores para Ferran e para as chegadas de quem vinha de trás. E quando Lamine Yamal teve espaço para o 1 contra 1, a bola insistiu em gravitar pela área até o desvio decisivo.

A arbitragem de Alejandro José Hernández Hernández teve dois momentos centrais: o pênalti convertido por Morales e o impedimento que anulou o que seria o terceiro gol do Levante. Decisões que ajudaram a moldar o clima do jogo, intenso do primeiro ao último minuto, sem descambar para a pancadaria. Ritmo alto, pouca cera e nervos à flor da pele no fim.

No campo individual, vale destacar como Pedri assumiu a liderança técnica quando o jogo pedia alguém para arriscar a jogada vertical. Ferran manteve a confiança mesmo depois do travessão no primeiro tempo e foi premiado na etapa final. Raphinha, mesmo sem marcar, participou bem do volume ofensivo e levou perigo no jogo aéreo. Lamine Yamal, ainda jovem, mostrou leitura de espaço e frieza na bola que resultou no gol contra de Elgezabal.

Sobre o momento na tabela, o resultado mantém o Barcelona com pontuação perfeita após duas rodadas e um recado claro aos rivais: mesmo em noite de sustos, a equipe encontra caminhos para vencer. Em início de temporada, somar enquanto ajusta as engrenagens é ouro. A virada fora de casa, contra um adversário que compete forte, tende a ser um marcador de confiança para os próximos compromissos.

Para o Levante, a frustração é óbvia, mas há combustível positivo. O time provou que consegue se equiparar por longos períodos a uma potência técnica, criou chances e foi fiel ao plano inicial. Se transformar essa energia em pontos nas próximas rodadas, a derrota latejante desta noite vira referência do que fazer — e do que evitar — contra rivais de patamar superior.

E fica a fotografia final: estádio cheio, 23.415 pessoas, barulho constante, e um desfecho que faz qualquer torcedor lembrar por que o futebol é irresistível. Quando tudo parecia caminhar para um empate sofrido, a bola cruzada por Yamal encontrou a cabeça de Elgezabal no pior ângulo possível para o zagueiro e no mais feliz para os visitantes. Virada, 3 a 2 e manutenção do 100% logo no começo da liga.

9 Comentários

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    Vanessa St. James

    setembro 22, 2025 AT 16:36

    Isso aqui foi um exemplo perfeito de como o futebol não é só sobre talento, mas sobre resistência. O Barcelona não tinha nada nos primeiros 45 minutos, mas nunca desistiu. Acho que o verdadeiro campeão é quem sabe se reinventar no meio do jogo, não quem começa dominando.

    Esse Pedri tá numa fase absurda. Ele não só marcou, como mandou o ritmo do jogo. Toda vez que ele recebeu entre as linhas, o Levante desmoronou. É tipo um xadrez humano.

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    Don Roberto

    setembro 24, 2025 AT 05:14

    Claro, claro... o Barcelona venceu por causa da 'maturidade'. 😒 E o Levante? Só tá aí porque o árbitro deu pênalti e depois anulou um gol legítimo. Se o jogo fosse no Camp Nou, o gol contra nem existia. É só porque é fora de casa que todo mundo fala 'virada de campeão'.

    Se o Yamal não tivesse feito esse cruzamento maluco, o Levante ainda tava no topo da tabela. 😏

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    Bruna Caroline Dos Santos Cavilha

    setembro 24, 2025 AT 17:28

    É interessante observar como a dinâmica espacial do jogo foi reconfigurada após a intervenção tática do técnico catalão. A transição de um modelo defensivo para um esquema de pressão alta, aliada à verticalização do primeiro passe, demonstra uma evolução epistemológica no modo de conceber o futebol moderno.

    Além disso, o gol contra, embora aparentemente fortuito, revela uma falha estrutural na coordenação defensiva do Levante - uma desconexão entre a linha de defesa e o goleiro, que, em termos fenomenológicos, reflete a alienação do sujeito coletivo diante da pressão simbólica da elite futebolística.

    Por outro lado, a presença de Rashford, embora limitada temporalmente, inscreve-se como um signo da globalização do futebol, onde o corpo do jogador se torna um capital transnacional, deslocado entre clubes como mercadoria.

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    Débora Costa

    setembro 25, 2025 AT 10:59

    Essa vitória foi pura emoção. Achei que o Barcelona tava morto, mas aí veio o Pedri e tudo mudou. Ferran também foi incrível, não desistiu mesmo depois do travessão. E aquele cruzamento do Yamal... me deu arrepios.

    Quem disse que futebol é só técnica? É coragem, é persistência. Parabéns ao time por não desistir. É assim que se constrói história.

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    wes Santos

    setembro 25, 2025 AT 14:58

    MANO QUE PARTIDA MALUCA! O BARÇA TAVA 2 A 0 E AINDA ASSIM GANHOU?! ISSO É FUTEBOL DE VERDADE! PEDRI FOI O CARA, FERRAN TAMBÉM, E ESSE MENINO DO YAMAL... ELE TÁ COM O FUTURO NOS PÉS!

    QUANTOS TIMES CONSEGUIRÃO VIRAR ASSIM? NENHUM! O BARÇA É OUTRO NÍVEL, NÃO É SÓ TALENTO É CABEÇA! #100PORCENTO

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    Paulo Guilherme

    setembro 26, 2025 AT 21:15

    Essa partida foi mais que um jogo. Foi um espelho. O Levante representou a ansiedade humana - a certeza de que tudo está sob controle, até que o mundo desaba. O Barcelona, por outro lado, representou a sabedoria da paciência: não grita, não se desespera, apenas continua. O gol contra não foi acidente. Foi a consequência de quem não parou de acreditar.

    Na vida, não importa se você está atrás. Importa se você ainda está jogando. Eles jogaram. E venceram. Não por sorte, mas por persistência. É isso que o futebol ensina, quando ainda tem alma.

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    Yelena Santos

    setembro 26, 2025 AT 23:15

    Realmente, foi um jogo emocionante. A forma como o Barcelona reagiu mostra que o time está crescendo. Não é só sobre jogadores individuais, mas sobre o coletivo. O treinador fez as mudanças certas no intervalo, e os jogadores executaram com calma. É isso que faz a diferença em temporadas longas.

    Parabéns ao elenco. Ainda tem muito caminho pela frente, mas esse tipo de resultado dá confiança.

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    Mariana Basso Rohde

    setembro 27, 2025 AT 23:32

    Então o gol contra foi o herói? Que original. O Levante jogou melhor por 85 minutos, mas o Barcelona ganhou porque o zagueiro... espirrou? 😂

    Claro, o Pedri foi bom, o Ferran foi bom, mas vamos ser honestos: o jogo foi decidido por um erro de leitura de um cara que provavelmente estava pensando em ir almoçar. Virada? Talvez. Sorte? Mais ainda.

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    Ana Larissa Marques Perissini

    setembro 29, 2025 AT 03:22

    Essa vitória é uma vergonha. O Levante merecia ganhar. O pênalti foi um absurdo, o gol anulado foi claro, e agora todo mundo fala que foi 'maturidade'? NÃO! Foi favorecimento! O Barcelona só venceu porque o árbitro quis. E o Yamal? Um garoto de 17 anos que acertou um cruzamento por acaso e virou herói? Sério?

    Isso não é futebol, é teatro. E os torcedores estão sendo enganados. O verdadeiro campeão é quem joga limpo. E o Levante jogou. O Barcelona só se levantou porque alguém decidiu que ele merecia.

    Espero que isso não vire regra. Porque se for, o futebol tá morto.

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