Alibi de Sevdaliza, Pabllo Vittar e Yseult chega ao Billboard e Spotify
out, 9 2025
Quando Sevdaliza Mehrnegar Seyedlaki, cantora iraniano‑holandesa, juntou‑se a Pabllo Vittar, nascido Phabullo Rodrigues da Silva e à francesa Yseult Chauveau, lançaram Alibi em 28 de junho de 2024 pela gravadora Twisted Elegance. O single, segunda música do futuro terceiro álbum de Sevdaliza, "Heroina", já desponta como um marco: entrou no Top 30 da playlist global do Spotify e chegou ao Billboard Hot 100, anotando a 95ª posição na edição de 13 de julho de 2024.
Contexto histórico e influências
O título faz referência a um trecho da canção cubana "Rosa, qué linda eres", gravada originalmente pelo Sexteto Habanero Godínez em 1918. A versão mais conhecida foi a interpretação de Magín Díaz, artista colombiano, que se tornou a base de Alibi. O uso desse sample traz à tona a trajetória de quase um século da música latina, conectando o son cubano às batidas modernas de funk carioca, reggaeton e bullerengue colombiano.
Detalhes do lançamento e recepção
Logo após o drop, a faixa escalou para o número 16 no Billboard Global 200, além de alcançar o top 10 em dez territórios – do Brasil à Polônia. O sucesso nas paradas internacionais alimentou o debate sobre a representatividade LGBTQ+ na música pop: Pabllo Vittar torna‑se a segunda drag queen a entrar no Hot 100, depois de RuPaul, em 1993.
- Brasil: #8
- França: #7
- Grécia: #5
- Hungria: #4
- Polônia: #9
Nas plataformas de streaming, a canção ultrapassou a marca de 30 milhões de reproduções nas primeiras duas semanas, impulsionada por playlists de “Latin Pop” e “Global Hits”.
Videoclipe oficial e produção
O clipe, dirigido pelo brasileiro Fernando Nogari e rodado nas ruas coloridas de Rio de Janeiro, mistura imagens urbanas com símbolos de resistência feminina. A direção de arte ficou a cargo de Martha KISSS, enquanto a produção executiva contou com Ana Monte, Cesco Civita e Henrique Danieletto. A equipe de figurino de Juan Duarte trouxe praças de favela e passarelas de moda em um só visual, reforçando a mensagem de “alibi” como escudo contra o preconceito.
Remixes e versões adicionais
Em setembro de 2024 chegou a versão "Alibi Pt. 2" com a presença da brasileira Anitta. A colaboração acrescentou um verso em português que celebra a cultura de São Paulo e traz energia extra ao refrão. Mais tarde, o DJ holandês Tiësto lançou seu remix oficial, ampliando o alcance da pista de dança nos festivais europeus. Ambas as versões foram distribuídas pelas gravadoras broke e Create Music Group, sob licença exclusiva da Believe.
Impacto nas paradas e no Spotify
Dentro de um mês, Alibi subiu para a 28ª posição na playlist "Top 50 Global" do Spotify, competindo com hits de artistas como Bad Bunny e BTS. O algoritmo do serviço destacou a faixa por sua mistura de gêneros, e a comunidade de fãs nos fóruns Reddit começou a criar playlists temáticas focadas em colaborações LGBTQ+ e sons latinos.
O ingresso de Pabllo Vittar no Hot 100 reacendeu a discussão sobre a presença de drag queens nas paradas mainstream. Em entrevistas recentes, o próprio Vittar afirmou que o sucesso da música “abre portas para que mais artistas trans e queer encontrem espaço nas rádios globais”.
Próximos passos
Sevdaliza promete lançar o álbum "Heroina" ainda em 2025, com mais faixas que mesclam produção eletrônica e amostras de música tradicional. Enquanto isso, a turnê mundial que incluirá cidades como Nova‑York, Paris e São Paulo já tem data confirmada para o outono próximo, e espera‑se que "Alibi" continue a ser destaque nos set‑lists.
Perguntas Frequentes
Como o sucesso de "Alibi" impacta a carreira de Pabllo Vittar?
Entrar no Billboard Hot 100 posiciona Vittar entre os poucos drag queens que já alcançaram esse feito, ampliando sua visibilidade internacional e atraindo convites para festivais europeus e americanos.
Qual a importância da amostra de Magín Díaz na música?
O sample cria uma ponte entre o son cubano de 1918 e a produção contemporânea, mostrando como ritmos latinos antigos ainda ressoam nas pistas de baile de hoje.
Quais outros artistas colaboraram nos remixes?
Além de Anitta no "Pt. 2", o remix de Tiësto trouxe a assinatura de um dos DJs mais reconhecidos do mundo, ampliando o apelo da faixa para o público festival.
O que o desempenho no Spotify indica sobre o futuro da música latina?
O rápido crescimento da faixa nas playlists globais evidencia a demanda crescente por híbridos latinos‑pop, sugerindo que mais lançamentos cruzados seguirão essa fórmula nos próximos anos.
Quando será lançado o álbum "Heroina" de Sevdaliza?
Ainda não há data oficial, mas a artista confirmou que o álbum deve chegar ao público em meados de 2025, acompanhando a turnê mundial que já está em fase de preparação.
Benjamin Ferreira
outubro 9, 2025 AT 00:55É intrigante observar como um sample de 1918 pode se transformar num hit que invade o Billboard e ainda carrega questões de identidade. A música funciona como um espelho que reflete a dualidade entre tradição e futurismo. Quando Sevdaliza junta Pabllo e Yseult, cria‑se um diálogo transcultural que ultrapassa fronteiras auditivas. A presença de Pabllo Vittar no Hot 100, apesar de ser uma segunda drag queen a conseguir tal feito, indica que a indústria está finalmente ouvindo outras vozes. Esse tipo de convergência nos faz questionar quem realmente define o cânon da música pop.
Marco Antonio Andrade
outubro 9, 2025 AT 20:34Concordo totalmente, a mistura dos ritmos faz a gente sentir que o futuro da música já está aqui. Além do mais, a visual do clipe em Rio traz aquela energia urbana que complementa a mensagem de resistência. É lindo ver artistas de diferentes backgrounds se unindo pra celebrar a diversidade. Que venha mais collabs assim, porque a gente merece!
Ryane Santos
outubro 10, 2025 AT 16:13Primeiramente, é fundamental analisar o contexto histórico da amostra utilizada, que remonta ao son cubano de 1918, e compreender como essa referência foi transmutada em um produto comercial contemporâneo. Em segundo lugar, a escolha de artistas como Sevdaliza, cuja discografia anterior sempre flirtou com temáticas de identidade e alienação, estabelece uma continuidade temática que não pode ser ignorada. Terceiro ponto relevante: a presença de Pabllo Vittar, como segunda drag queen a alcançar o Hot 100, marca um ponto de inflexão na narrativa da representação LGBTQ+ na indústria musical ocidental. Quarto, a inclusão de Yseult traz uma camada adicional de interseccionalidade, considerando sua identidade francesa e sua trajetória como mulher trans negra no cenário europeu. Quinto, a estratégia de lançamento pelos canais Twisted Elegance e Believe demonstra um modelo de distribuição híbrido que combina o apoio de selos independentes com a penetração das plataformas de streaming globais.
Além disso, o desempenho da faixa nas playlists "Top 50 Global" do Spotify indica que os algoritmos de curadoria estão se adaptando a padrões de consumo que privilegiam fusões híbridas, ao invés de gêneros puros. Sexto, o fato de inúmeras regiões, incluindo Polônia e Grécia, posicionarem a canção dentro do top‑10 revela um apelo transcultural que transcende barreiras linguísticas. Sétimo, ao observar a trajetória da música nas listas Billboard Global 200, percebe‑se um crescimento exponencial que sugere uma estratégia de marketing baseada em dados geográficos precisos.
Oito, a produção visual dirigida por Fernando Nogari não apenas captura a estética carioca, mas também incorpora símbolos de resistência feminina que dialogam com a letra da canção. Nove, a direção de arte de Martha KISSS e a produção executiva de Ana Monte, Cesco Civita e Henrique Danieletto criam um ecossistema colaborativo que serve de modelo para projetos futuros. Dez, a presença de Juan Duarte no figurino, ao mesclar elementos de favela e passarelas de moda, solidifica a narrativa da canção como um manifesto visual.
Onze, a versão "Alibi Pt. 2" com Anitta acrescenta um verso em português que, por si só, reforça a relevância do mercado brasileiro dentro da indústria global. Doze, o remix de Tiësto amplia ainda mais o alcance da faixa, inserindo-a nos circuitos de música eletrônica europeia, o que contribui para a longevidade do hit nas pistas de dança. Treze, a estratégia de licenciamento com as gravadoras broke e Create Music Group demonstra a importância de acordos flexíveis para maximizar a receita em múltiplas regiões.
Catorze, ao analisar os números de streaming – mais de 30 milhões de reproduções em duas semanas – observa‑se que a canção está capitalizando sobre a dinâmica de consumo de playlists curadas, o que indica uma mudança nos hábitos dos ouvintes que preferem curadoria algorítmica ao álbum tradicional. Quinze, finalmente, o impacto cultural da canção, ao abrir portas para artistas trans e queer nos cenários mainstream, pode ser visto como um ponto de inflexão histórico que, se bem documentado, será lembrado como um marco na evolução da música pop.
Lucas da Silva Mota
outubro 11, 2025 AT 11:52Não é nada disso, só mais um truque de marketing.
Ana Lavínia
outubro 12, 2025 AT 07:31Na verdade, a música demonstra‑se‑um ponto‑de‑virada-não‑pode‑ser‑desconsiderada!; porém, alguns críticos ainda subestimam seu valor.
Joseph Dahunsi
outubro 13, 2025 AT 03:10Caraca, essa faixa tá bombando demais 😎! É muito da hora ver a mistura de ritmos e ainda ter representação LGBTQ+ nos tops. Isso mostra que o cenário musical tá evoluindo, e a gente curte cada segundo.
Rafaela Antunes
outubro 13, 2025 AT 22:49Já vi gente falando que é tudo "progressivo", mas na real a música ainda soa reciclada, tipo 2‑3 vezes a mesma batida.
Marcus S.
outubro 14, 2025 AT 18:28À luz da teoria estética kantiana, podemos argumentar que a obra "Alibi" se configura como um autêntico juízo de valor que transcende a mera função utilitária da música popular. Ao incorporar um sample histórico, a composição cria um diálogo dialético entre o passado colonial e a contemporaneidade pós‑moderna, o que, por conseguinte, desafia as categorizações tradicionais de gênero musical.
Bruna Boo
outubro 15, 2025 AT 14:07Mas olha, enquanto você tá aí filosofando, a galera no baile já tá sambando com a batida. Não precisa de tanto discurso, só deixa a música rolar.
Ademir Diniz
outubro 16, 2025 AT 09:46É isso aí, galera! Cada vez que a gente vê essas collabs, a gente sente que a cena tá ficando mais inclusiva e cheia de energia. Continue assim!
Verônica Barbosa
outubro 17, 2025 AT 05:25Brasil tem talento, mas ainda precisamos de mais apoio interno.
Willian Yoshio
outubro 18, 2025 AT 01:04Curioso como o algoritmo do Spotify acabou destacando essa faixa, considerando que o sample tem quase um século. Isso demonstra o poder dos dados em promover músicas que, de outra forma, poderiam ficar nas sombras.
Cinthya Lopes
outubro 18, 2025 AT 20:43Ah, claro, porque o algoritmo é o guardião sagrado da cultura, né? Só não esqueçam que a arte ainda nasce da criatividade humana, não de linhas de código.
Fellipe Gabriel Moraes Gonçalves
outubro 19, 2025 AT 16:22Adorei como a música junta tudo, de funk a son cubano. Vai ser hit nos bailes.
Rachel Danger W
outubro 20, 2025 AT 12:01Eu ouvi dizer que tem um grupo secreto que manipula as playlists pra dar visibilidade a certas músicas. Pode ser só teoria, mas quem sabe não tem um pouco de verdade nisso?
Davi Ferreira
outubro 21, 2025 AT 07:40Vamos comemorar esse sucesso! Cada conquista abre mais portas para artistas queer e nos inspira a criar ainda mais.
Marcelo Monteiro
outubro 22, 2025 AT 03:19Com todo esse entusiasmo, vale lembrar que o mercado musical ainda é regido por interesses corporativos que muitas vezes se utilizam de narrativas de inclusão como fachada para ampliar lucros. Enquanto celebramos, não podemos fechar os olhos para o fato de que muitas vezes esses artistas são cooptados por grandes gravadoras que direcionam suas carreiras conforme conveniências comerciais. Portanto, o elogio desenfreado pode acabar servindo a uma agenda que privilegia o consumo acima da autenticidade. Em suma, aproveite a música, mas mantenha uma postura crítica sobre quem realmente se beneficia.