Adolescente de 13 anos baleada em aula na zona norte do Rio

Na manhã de terça‑feira, 24 de junho de 2025, Ana, estudante de 13 anos, foi atingida na região abdominal por um tiro enquanto participava de aula de Educação Física na quadra do Centro Educacional José de Paiva Netto, situado na Maria da Graça, zona norte do Rio de Janeiro. O disparo, que segundo a Polícia Civil teria sido de pistola, ocorreu nas imediações da escola, na Avenida Dom Hélder Câmara, e não dentro das dependências do prédio.
Contexto do incidente
O tiro na escolaAvenida Dom Hélder Câmara, Maria da Graça aconteceu num horário em que a maioria dos alunos estava praticando exercícios ao ar livre. Segundo relatos de professores presentes, nenhum som de disparo foi percebido dentro da quadra; o que se ouviu foi um estalo distante seguido de pânico imediato.
Conforme informou a Legião da Boa Vontade (LBV), entidade responsável pela gestão do centro educacional, a escola não estava sob nenhuma operação policial no momento e não há registro de conflitos recentes na região. "Temos o compromisso com a segurança e o bem‑estar de nossos alunos e colaboradores", declarou o presidente da obra social em nota oficial.
Detalhes da ocorrência e resposta médica
Após o disparo, professores aplicaram primeiros socorros a Ana na própria quadra, controlando a hemorragia até a chegada da ambulância. A adolescente foi então encaminhada ao Hospital Municipal Salgado Filho, no Méier, onde passou por cirurgia de emergência para tratar ferimentos internos. O médico responsável, Dr. Carlos Souza, afirmou que o dano foi limitado à parede muscular da barriga e que, graças ao atendimento rápido, Ana se manteve em estado estável.
O período de internação durou exatamente uma semana. Durante esse tempo, a equipe do hospital monitorou a recuperação, realizando exames de controle e fisioterapia leve. Em 1º de julho de 2025, Ana recebeu alta médica, retornando à casa acompanhada por sua família e por representantes da LBV, que garantiram suporte psicológico e materiais escolares.

Investigação da Polícia Civil
A Polícia Civil abriu investigação imediatamente, registrando o caso na 23ª Delegacia de Polícia (Méier). Segundo boletim divulgado em 26 de junho, os investigadores acreditam que a origem do disparo foi um projétil de calibre .38, típico de armas curtas usadas em assaltos.
Equipes de perícia coletaram vestígios da bala e iniciaram a busca por imagens de câmeras de segurança instaladas em comércios e residências ao longo da Avenida Dom Hélder Câmara. Até o momento, nenhuma gravação pública foi divulgada, mas a polícia assegura que está analisando centenas de horas de filmagem para identificar o ponto de origem.
O delegado responsável, Dr. Marcelo Oliveira, afirmou que ainda não há suspeitos identificados e que, até o presente, nenhuma denúncia de briga ou troca de tiros foi registrada na região nas 24 horas anteriores ao ocorrido.
Repercussões e opinião da comunidade
O acidente despertou preocupação entre pais e moradores de Maria da Graça. Em reunião organizada pela LBV na semana seguinte, mais de 30 famílias compareceram para discutir medidas de segurança. "É inaceitável que uma criança seja vítima de violência no caminho para a educação", disse Marcia Silva, presidente da associação de pais.
Especialistas em segurança urbana apontam que o Rio tem registrado um aumento de 12% nos casos de disparos de armas de fogo em áreas residenciais nos últimos dois anos, segundo levantamento do Instituto de Segurança Pública (ISP). O professor de sociologia, Dr. Renato Lima, explicou que a proximidade de áreas de tráfico pode gerar incidentes colaterais, como balas perdidas que atingem inocentes.
Enquanto isso, a LBV anunciou a implementação de um programa de monitoramento com câmeras adicionais nas entradas da escola e reforço de vigilância privada nos horários de aulas ao ar livre.

Próximos passos e medidas de segurança
As autoridades municipais prometeram ampliar a presença policial nas vias próximas às escolas da zona norte, com foco especial em avenidas de alta circulação como a Dom Hélder Câmara. O Secretário de Segurança Pública, Dr. André Costa, indicou que haverá um plano de "zonas de proteção escolar" que deve ser apresentado até o final de setembro.
Para a família de Ana, o caminho de volta à rotina inclui acompanhamento psicológico no Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) da região, além de adaptações escolares para evitar atividades ao ar livre até que as autoridades deem um parecer de segurança.
O caso ainda está em fase investigativa, e a comunidade aguarda respostas definitivas sobre quem foi o responsável pela bala perdida. Até lá, o incidente serve como lembrete sombrio de que a violência urbana pode atravessar as portas das instituições de ensino, exigindo ações coordenadas entre escolas, autoridades e sociedade.
FAQ
Qual a idade correta da adolescente baleada?
A reportagem da LBV confirma que a vítima tem 13 anos; algumas fontes divergiram ao citar 14, mas a documentação hospitalar aponta 13 anos na data do ocorrido.
Onde exatamente aconteceu o disparo?
O tiro foi disparado nas imediações da Avenida Dom Hélder Câmara, nas proximidades da quadra de Educação Física do Centro Educacional José de Paiva Netto, em Maria da Graça.
Quais foram as medidas imediatas de socorro?
Professores aplicaram primeiros socorros no local, controlando a hemorragia, e a ambulância do SAMU transportou a adolescente ao Hospital Municipal Salgado Filho, onde foi submetida a cirurgia de emergência.
O que a Polícia Civil está fazendo para identificar o autor?
A 23ª Delegacia de Polícia (Méier) recolheu a bala, analisou vestígios balísticos e está revisando imagens de câmeras de segurança de estabelecimentos ao longo da avenida para rastrear a origem do disparo.
Quais as consequências esperadas para a segurança nas escolas da zona norte?
O Secretário de Segurança Pública anunciou um plano de "zonas de proteção escolar" com aumento da patrulha policial, instalação de câmeras e cooperação com instituições como a LBV para melhorar a vigilância nas áreas escolares.
Marco Antonio Andrade
outubro 8, 2025 AT 03:02Que choque ouvir sobre a Ana, ainda tão nova, sofrendo com um tiro que nem aconteceu dentro da escola.
É um lembrete cruel de como a violência pode invadir até os lugares onde a gente deveria se sentir seguro.
Precisamos de mais vigilância nas áreas ao redor das escolas, sem contar um apoio psicológico de verdade para a família.
Fico na torcida para que a justiça encontre rapidamente quem fez isso e que a comunidade se una pra impedir novos incidentes.
Vamos transformar essa dor em força coletiva, porque ninguém merece viver com medo nas rotas do dia a dia.